segunda-feira, 31 de agosto de 2009



Falar de tecnologias é extremamente complicado se pararmos para pensar o quanto ela está integrada e imposta em nossas vidas.
Nada pode ser definido como bom ou ruim, tudo tem os seus dois lados; cabe a cada um decidir o que quer e como fazer para conseguir.

Discutimos hoje em sala, a influência das tecnologias nas nossas vidas e como ensinar ou orientar uma criança que inevitavelmente está em constante
contato com ela.
Para mim a orientação é fundamental para que a criança saiba o que é realmente o mundo virtual, que como deixou bem claro a professora
Bonilla, não deixa de pertencer ao mundo real, e como ela pode se valer dele para "mergulhar" em um universo de conhecimentos que vai movê-la em direção a aprendizagem e a cultura.

Como sempre nessa discussão de tecnologias e educação surge o problema do excesso, por que será que quando passamos 17 horas em uma biblioteca lendo, somos mais bem vistos do que se passarmos 17 horas em frente ao computador? Creio que daí se origina, também, um pré- conceito gerado pela falta de informação e até mesmo falta de acesso ao que seria,
exatamente, um computador; acontece que além desse pré-conceito existe sim um fundamento, ou uma verdade a respeito desse excesso. Muitas pessoas se utilizam da máquina apenas para a realização de uma atividade, seja ela jogos, sites pornográficos, sites de relacionamento e etc. E isso se dá, penso eu, por causa de um buraco muito grande na educação, de um modo geral não somente restrita a escola, oferecida para essas crianças, acho que não estamos sabendo controlar esse fluxo de modernidades e essa liberdade constante que vem invadindo o ambiente social, permitindo assim que um aparelho tecnológico que poderia trazer enormes contribuições e facilidades para a nossa vida cotidiana acabe se tornando uma praga que por não sabermos como lidar, acabamos probindo-a.
Além disso, podemos ainda acrescentar a questão da atenção e da perda de interesse, que essas crianças apresentam por
métodos tradicionais, por exemplo, temos a charge à cima, onde o diretor está dizendo que apresentar a professora dentro da TV é a única forma de fazer com que os alunos prestem atenção a aula. Ou seja, o autor da charge quis de forma exagerada e cômica mostrar que a influência da mídia e das novas tecnologias é tão intensa que fazer algo que não seja em frente da telinha de uma televisão ou em frente ao computador já não encanta nem desperta mais a curiosidade dos alunos.

Bem, acho que é só isso.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A internet é uma epidemia?


Em um momento da entrevista de Steven Johnson (foto a cima) no programa Roda Viva, o cartunista (convidado pelo programa para retratar momentos da entrevista do professor e crítico cultural), elabora uma charge de Steven, no qual ele está exclamando: "Internet é uma epidemia como a coléra!"

Achei essa charge muito conveniente, pois minutos antes Johnson falou que nós não podemos substimar essas máquinas, e eu lembrei quando vi o cartoon que nós também não podiamos substimar a coléra, quando ambas se espalharam pela população.

Podemos sim afirmar que a internet é uma epidemia, mas não podemos dizer definitivamente que ela é uma epidemia ruim, ao contrário da coléra que matou milhares de pessoas, as tecnologias podem ser canalizadas de uma maneira que só tragam boas influências para a nossa sociede.

Num certo ponto da entrevista Steven comentou que tem três filhos pequenos que adoram jogos eletrônicos, e que tem acesso a eles em casa, mas isso não quer dizer que os filhos não tenham limites, ele deixou claro que sempre faz questão de lembrar as crianças que elas tem outras atividades que podem ser tão divertidas quanto os jogos, e isso pra mim é a peça chave para que uma criança não se esqueça do seu papel. Afinal de contas, sabemos tão claramente como dois e dois são quatro, que privar uma criança da influência tecnológica é impossível, portanto o papel dos pais, como o dos professores, e mostrar para elas todos os lados desse "novo mundo", e então deixar que a criança tire as suas próprias conclusões.

Além do que, podemos estar cometendo um grande erro quando julgamos os jogos eletrônicos, ou qualquer outra atividade virtual, como ruim para o desenvolvimento da racionalidade. Muitas vezes ficamos satisfeitas(os) quando observamos que as nossas crianças estão mostrando interesse pela leitura ou por jogos considerados "cultos" como o xadrez e ficamos extremamente frustadas(os) quando percebemos que elas estão no computador quando poderiam estar brincando de bola ou de boneca; acontece que em muitos casos esquecemos de análisar que as atividades realizadas pela criança na frente da máquina podem desempenhar um papel tão enrriquecedor , como as atividades realizadas fora dela.

Bem, foi com esse pensamento que eu terminei a aula de hoje.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Michel Serre: educação a distância!


Assisti na aula do dia 17 um vídeo muito interessante no qual, o filósofo françes Michel Serre (foto ao lado), fala com muita intimidade sobre os avanços da tecnologia e sua influência no mundo de hoje.


Dentre toda a sabedoria e conhecimento de Serre sobre o assunto, fiquei muito surpresa quando ele falou que o modo de educação a distância, que hoje promete se popularizar, não trouxe nenhum problema novo para a educação e que todos os problemas que ele apresenta são os mesmos de uma educação tradicional.

Ainda falando sobre isso, ele narrou uma história da evolução, para eemplificar que toda a habilidade que nos perdemos é recompensada com uma nova, por exemplo, ele disse que antigamente nos, seres humanos, não conseguiamos andar apenas com os pés e por isso usavamos as mãos como apoio, só que com o passar dos tempos nossas mãos perderam a função de sustento, mas ganharam a função de pegar, que antes era a função da boca... E por assim vai.

Fiquei me perguntandoo então:

"Será que as aulas de ensino a distância podem futuramente substituir as aulas presenciais?"

Pois, isso quer dizer que a necessidade de um professor presente em sala irá ser substituida pela máquina (computador, som, televisão), que atráves de um cd ou dvd passará para o aluno tudo que ele precisa saber, diminuindo assim a necessidade de um professor e futuramente até mesmo eliminando-a.


Na minha opinião, as aulas a distância deveriam ser restritas para aquelas pessoas que realmente não tem condições de frequentar todos os dias uma sala de aula, e mesmo assim, esse método de ensino deveria ser muito bem estudado, já que, para mim, a presença tanto de uma pessoa para ministrar a discussão quanto de outros colegas para manifestar opiniões contraditorias e assim gerar um debate é muito importante, principalmente nas disciplinas classificadas como humanas.


Gostaria então de saber a opinião de vocês, será que essa substituição das aulas presenciais pelas aulas a distância é possível? E se for, o que vamos perder e o que vamos ganhar?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


A primeira aula, ocorrida no dia 10 de agosto, foi muito produtiva, nossas conversas e esclarecimentos sobre a vida na rede foram prazerosas e mostraram que esse novo mundo pode revelar surpresas incríveis, que alimentam o nosso saber e nos instigam a querer produzir sempre mais.

Na aula de hoje, abri o meu primeiro blog, nunca tive um, mas já pude perceber que início de blog é meio complicado, mergulhamos em um "novo mundo", no qual estamos expostos a tudo e a todos, mas não se sintam intimidados, pelo contrário, a participação de vocês é mais do que essencial! :)

Com esse blog vou tentar percorrer os caminhos de uma educação contemporânea, onde as aulas vão além do quadro negro e do giz, trazendo uma contribuição cada vez maior e uma visão de mundo mais ampla para os alunos que tem acesso a todos (ou a alguns) dos meios tecnológicos utilizados nessa longa caminhada de aprendizagem!
Não quero dizer que com isso estarei sempre divulgando novidades neste meio ou afirmando o que deve ser feito, mas sim que junto com vocês tentarei entender e discutir mais sobre essa nova maneira de ensinar.

Sejam bem vindos para ler e comentar sempre.